
G-Dragon e fundador da YG Entertainment são investigados por suposto plágio
O rapper e produtor sul-coreano G-Dragon, líder do grupo BIGBANG, e Yang Hyun Suk, fundador da gravadora YG Entertainment, estão sob investigação policial por suposto plágio em uma música lançada há 15 anos. De acordo com um relatório publicado pelo portal E Daily no último dia 12 de agosto, as acusações foram feitas por um compositor não identificado, que alega uma de suas obras ter sido copiada e incluída no álbum ao vivo Shine a Light, lançado em 2010.
Segundo o relatório, a denúncia foi formalizada em novembro de 2024. O autor da queixa, identificado apenas como “Sr. A”, afirma que a gravadora e o artista se apropriaram de sua música, intitulada G-Dragon, modificando-a e relançando-a com o nome My Age Is 13. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Mapo, em Seul.
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Como surgiu a acusação
O compositor afirma que a suposta cópia ocorreu durante a produção do álbum ao vivo Shine a Light, lançado após o show solo de G-Dragon em 2009. Segundo ele, a faixa original “G-Dragon” foi alterada pela YG Entertainment e pelo cantor para “My Age Is 13” e posteriormente promovida como parte de uma sequência de músicas no álbum: My Age Is 13 + Storm + Hip Hop Gentlemen + G-Dragon.
A versão lançada tem 4 minutos e 15 segundos e aparece como a quinta faixa do disco. O denunciante acusa a gravadora e o artista de violação de direitos autorais, alegando que o uso e distribuição da música ocorreram sem sua autorização.
O caso teria levado a polícia a realizar duas operações de busca e apreensão, sendo que uma delas, segundo informações da imprensa sul-coreana, ocorreu na própria sede da YG Entertainment, em Seul. Um porta-voz policial declarou:
“A investigação está em andamento e não podemos confirmar detalhes específicos neste momento.”
Ainda de acordo com a cobertura do E Daily, alguns dos envolvidos na produção da faixa já teriam sido ouvidos pelas autoridades.
Outros nomes também foram citados na denúncia
O caso ganhou novos desdobramentos com a divulgação de que o compositor também apresentou queixa contra outros executivos da YG. Entre eles, Yang Min Suk, atual CEO e irmão mais novo de Yang Hyun Suk, e Choi Sung Jun, CEO da subsidiária YG Plus.
Segundo a reportagem, o Sr. A alega que todos tiveram participação direta ou indireta na suposta infração de direitos autorais. A acusação amplia o alcance da investigação, já que envolve figuras centrais na administração da gravadora, considerada uma das maiores da indústria musical sul-coreana.
Posição oficial da YG Entertainment
Em resposta às acusações, a YG Entertainment divulgou um comunicado negando qualquer prática de plágio. A gravadora afirmou que, durante a preparação para o show solo de G-Dragon em 2009, foram listadas duas músicas com o mesmo título, e que isso pode ter gerado confusão quanto à autoria e registro da obra.
A empresa não deu mais detalhes sobre a origem das músicas nem sobre as circunstâncias da produção de “My Age Is 13”, mas reforçou que está colaborando com as autoridades para esclarecer o caso.

Impacto na carreira de G-Dragon
Esta não é a primeira vez que G-Dragon, cujo nome real é Kwon Ji Yong, enfrenta controvérsias envolvendo sua carreira. Reconhecido como um dos artistas mais influentes da música pop asiática, o cantor já esteve no centro de polêmicas ligadas a direitos autorais no passado, embora nenhuma tenha resultado em condenação judicial.
O álbum Shine a Light, alvo da investigação atual, foi um marco em sua trajetória solo e registrou forte repercussão comercial na época de seu lançamento. Caso as acusações se confirmem, o episódio pode manchar parte dessa história e trazer consequências legais significativas.
O que esperar da investigação
A polícia ainda não divulgou um prazo para a conclusão das apurações. Especialistas jurídicos consultados pela imprensa sul-coreana destacam que, em casos de plágio musical, a comprovação depende de análises técnicas detalhadas, que comparam a estrutura, melodia, ritmo e harmonia das obras em questão.
Se for confirmada a infração, tanto G-Dragon quanto os executivos citados poderão enfrentar multas e, em casos mais graves, penas de prisão, de acordo com a lei de direitos autorais da Coreia do Sul.
Enquanto isso, fãs do artista e observadores da indústria musical acompanham de perto o desenrolar do caso, que reacende o debate sobre proteção de propriedade intelectual no K-pop — um setor que movimenta bilhões de dólares e é frequentemente alvo de disputas legais.
Foto destaque: Rapper G-Dragon e Yang Hyun Suk (Divulgação/Instagram/@xxxibgdrgn/@theseoulstory)