
Japonesa é investigada por repetidas tentativas de invadir a casa de Jungkook
Nesta quarta-feira (19), a polícia sul-coreana divulgou que uma investigação interna foi aberta sobre uma mulher japonesa acusada de tentar invadir a casa de Jungkook, membro do BTS. De acordo com as autoridades, a mulher de cerca de 50 anos tentou diversas vezes arrombar a fechadura eletrônica da casa de Jungkook na semana passada, entre os dias 12 e 14 de novembro.
Leia mais: Caso Oh Young Soo: Promotoria recorre ao Supremo após absolvição
Leia mais: Incêndio em centro logístico na Coreia é controlado após 60 horas
A polícia do distrito de Yongsan, onde fica a residência do cantor, anunciou que a investigação seria aberta contra ela com base no boletim de ocorrência registrado. Essa não foi a primeira tentativa de invasão à casa de Jungkook este ano, em julho, uma mulher chinesa na casa dos 30 anos foi detida por tentar invadir a residência, porém, a promotoria retirou as acusações contra ela. A situação coloca em xeque um debate recorrente no mundo do kpop: quando o fanatismo se torna doentio?

Para além do Jungkook: idols sofrem com o fanatismo tóxico
Jungkook não foi o único membro do BTS a ter sua privacidade invadida por “fãs” fanáticas. Em 2024, Taehyung teve seu condomínio invadido por uma stalker e entrou no elevador com ele, o que levou a empresa do grupo, a BIGHIT MUSIC, a emitir um comunicado sobre a prisão e a política de tolerância contra tais atos
“Nós estamos respondendo com uma política de zero tolerância para crimes de perseguição, que incomodam a vida pessoal de nosso artista e ameaçam sua segurança”, informou a empresa em comunicado.
No último sábado (15), a cantora e atriz sul-coreana Nana, enfrentou e dominou junto com sua mãe, um homem de 30 anos que entrou em sua casa. Ambas estavam hospitalizadas mas passam bem.
O solista e membro do grupo GOT7, Jackson Wang, sofreu um acidente de carro enquanto era perseguido por sasaengs (termo utilizado para se referir a fãs obsessivos). A privacidade e segurança dos artistas são colocadas em risco por quem diz amá-los, o que culminou na criação de leis para tentar diminuir situações como essas.
Lei Anti-Stalking na Coreia do Sul
A Coreia do Sul aprovou em 2021 uma lei anti-stalking que criminaliza atos repetidos de perseguição, como seguir alguém, esperar perto de casa ou trabalho, enviar mensagens insistentes e invadir a privacidade. A norma prevê punições que podem chegar a anos de prisão e não exige mais o consentimento da vítima para que o agressor seja processado.
Para idols como Jungkook, alvos frequentes de tais perseguições, a lei oferece uma proteção mais clara, permitindo que comportamentos obsessivos – como monitoramento, perseguição física e tentativas de acesso a locais privados – sejam punidos com mais rigor. Porém, isso ainda gera muitas discussões, visto que nem toda ação é considerada “suficientemente grave” e deixando marcas concretas.
Foto Destaque: Idol Jeon Jungkook. Divulgação/@bts.bighitofficial