
AliExpress é acusada de vender produtos falsificados na Coreia
A plataforma de E-Commerce, AliExpress, se tornou alvo de críticas por conta da disponibilização de mercadorias falsificadas
A plataforma de comércio eletrônico chinesa voltada para consumidores fora da China, AliExpress, está enfrentando críticas devido à disponibilização de produtos falsificados na Coreia.
A subsidiária do Grupo Alibaba se tornou alvo de críticas durante uma reunião na Assembleia Nacional na segunda-feira (16).
O deputado Kang Min-kuk, do Partido do Poder Popular, questionou Ray Jang, chefe do AliExpress Coreia, durante uma audiência em Seul.

O questionamento ocorreu após a abertura do primeiro centro de atendimento ao cliente do AliExpress na Coreia, em 2022, após o disparo no número de clientes.
No entanto, os problemas com produtos falsificados persistiram.
Quando questionado sobre o problema, Jang minimizou a situação, afirmando que apenas 0,015% das reclamações feitas por clientes na Coreia se referem a produtos falsificados.
Jang também destacou que o AliExpress implementa medidas de combate à falsificação, como a inspeção de vendedores, a utilização de inteligência artificial para identificar produtos falsos e a punição de vendedores que violam as leis de propriedade intelectual.
Reclamação de produtos falsificados
Durante o interrogatório, o deputado Kang revelou que o AliExpress estava vendendo casacos acolchoados falsificados da China por apenas 10.000 won (US$ 7,40) cada. Enquanto o preço original da fabricante coreana de roupas esportivas BlackYak, variava de 89.000 won a 300.000 won.
Além disso, o AliExpress vendia crachás para legisladores coreanos por 15.000 won, levantando preocupações sobre possíveis usos criminosos.
Outros casos de produtos falsificados disponíveis no AliExpress incluem o Air Jordan 1 Retro Low, um tênis originalmente com preço entre 2 milhões e 3 milhões de won, vendido por 70.000 won a 80.000 won, e camisetas Wooyoungmi, cujo preço é de 500.000 won, vendidas por 18.000 won.
Kang enfatizou que essas práticas de venda de produtos falsificados prejudicam não apenas as marcas e produtos nacionais coreanos, diminuindo seu valor, mas também minam a confiança dos consumidores nos produtos fabricados na Coreia.
Além disso, ele observou que tais práticas violam a Lei Coreana de Proteção ao Consumidor no Comércio Eletrônico
Jang se comprometeu a implementar novas medidas para resolver o problema e a investir mais na proteção da propriedade intelectual.
O AliExpress ingressou no mercado consumidor coreano em 2018 e atraiu quase 27% dos consumidores locais que fazem compras em mercados estrangeiros de comércio eletrônico no ano passado, assim, tornando-se a plataforma líder nesse segmento.
Foto destaque: Smartphone com aplicativo do AliExpress. Reprodução/Money Times