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Cancelamentos e alertas de viagem refletem o impacto das tensões políticas e coloca em risco a recuperação do turismo na Coreia do Sul
O setor de turismo na Coreia do Sul enfrenta novos desafios diante da crescente instabilidade política. A rejeição da moção para impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, relacionada a uma controversa declaração de lei marcial, gerou incertezas que já afetam o fluxo de visitantes estrangeiros. Hóspedes estrangeiros começaram a desistir de reservas em hotéis de Seul após o episódio, enquanto grandes manifestações nas áreas centrais da cidade aumentaram a preocupação com a segurança. Representantes do setor relatam quedas no movimento de restaurantes e no número de excursões em grupo, agravando os desafios do setor.
Protestos no fim de semana contribuíram para queda no movimento de restaurantes e serviços na região central da capital. Enquanto isso, autoridades sul-coreanas tentam minimizar os danos, reforçando campanhas para preservar a imagem do país como um destino seguro e atrativo para visitantes. “Tivemos clientes estrangeiros cancelando estadias planejadas para poucos dias após a declaração de lei marcial“, afirmou um funcionário de um hotel próximo à Praça Gwanghwamun.
Governos como os dos Estados Unidos, Canadá e Japão emitiram alertas de viagem para cidadãos, recomendando evitar áreas de protesto em locais como a Praça Gwanghwamun e Yeouido. Em resposta, hotéis de luxo relatam aumento de cancelamentos, especialmente entre turistas que planejavam excursões em grupo. Um exemplo é o caso de um grupo de estudantes japoneses e de príncipes sauditas que cancelaram visitas programadas.
Agências de câmbio na Tailândia também demonstraram preocupação, chegando a recusar won coreano como medida de precaução. Segundo o Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia, os danos estão sendo monitorados por uma equipe de resposta emergencial. O objetivo é reduzir impactos econômicos e restaurar a confiança dos turistas, em especial durante um período de alta concorrência no mercado asiático.
A crise atual traz lembranças do colapso no número de turistas entre 2016 e 2017, quando a agitação política e protestos de grande escala impactaram negativamente o setor. Dados apontam que o número de visitantes caiu de 17 milhões, em 2016, para 13 milhões no ano seguinte. Embora a previsão para o primeiro trimestre de 2025 seja pessimista — com uma queda de 19% no número de turistas chineses —, especialistas apontam que promoções e a desvalorização do won podem reverter parte do cenário no segundo trimestre.
Para conter os danos, o governo sul-coreano intensificou esforços diplomáticos. Em um fórum com representantes do Japão, o vice-ministro da Cultura, Esportes e Turismo, Jang Mi-ran, reiterou que o ambiente no país é seguro para visitantes. A colaboração entre os dois países busca estimular trocas turísticas e mitigar o impacto das tensões políticas. A meta de atrair 20 milhões de turistas internacionais até o final do ano está em risco, mas o governo aposta em medidas estratégicas para recuperar o ritmo do setor. Enquanto isso, a indústria de turismo tenta equilibrar os desafios de curto prazo com as oportunidades de longo prazo para consolidar a Coreia do Sul como destino global.
Foto Destaque: protestos na Coreia do Sul após presidente decretar a lei marcial. Reprodução/Philip Fong/AFP
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