Foto: Divulgação/SATO Company
O diretor japonês Shinobu Yaguchi, conhecido por comédias leves como Water Boys e Swing Girls, mergulha pela primeira vez no universo do terror psicológico com “Dollhouse”. A mudança de gênero não é apenas uma curiosidade de carreira, é uma reinvenção. Trocando as risadas pelo medo, a trama é longe de ser apenas mais uma história sobre bonecas amaldiçoadas, o filme é uma junção meticulosa de terror psicológico e o sobrenatural.
A trama acompanha a história de Kae Suzuki (Masami Nagasawa), uma mãe devastada pela morte acidental de sua filha de cinco anos Mei. Em meio ao luto e a culpa, ela encontra uma boneca antiga em um mercado de antiguidades, acreditando que aquele objeto poderia conforta-la e preencher o vazio deixado pela menina.
Anos depois Kae tenta recomeçar a vida ao lado do marido com o nascimento de sua filha Mai, aonde o passado retorna de uma forma sombria, após alguns acontecimentos entre a boneca e a pequena Mai, Kae decide esconder a boneca que mais tarde é encontrada pela filha despertando algo que deveria ter ficado guardado. A boneca passa a se aproximar da menina e injetar desconfiança entre mãe e filha, até ela se tornar uma presença constante e insuportável.
O próprio Yaguchi descreve Dollhouse como um “parque de diversões do terror” e não por acaso, o filme alterna entre o susto clássico e o desconforto emocional, sem recorrer ao excesso de efeitos visuais ou gore, a direção aposta em um clima crescente de tensão e silêncios longos, onde o horror é construído na antecipação, a boneca parece estar em todos os lugares mesmo quando não aparece. A boneca não só assombra fisicamente como corrói emocionalmente cada personagem, o espectador testemunha o aumento de paranoia, terror e perda de controle que os personagens mantem sobre si mesmo e o ambiente.
Masami Nagasawa brilha como Kae, equilibrando a vulnerabilidade e o desespero, sua atuação nos trás o medo de uma mãe que percebe tarde demais que está lutando contra algo que não pertence a esse plano, ao mesmo tempo a pequena Mai é o elo emocional que dá força total a narrativa.
O terror na trama não é apenas visual: é psicológico e espiritual, a boneca atua como uma entidade manipuladora, que semeia o medo e desespero em doses lentas, até que o espectador também se sinta incomodado.
Distribuido pela Sato Company, Dollhouse estreia nos cinemas brasileiros no dia 30 de outubro, como a grande aposta japonesa para o Halloween. Mais do que um filme de sustos, é uma narrativa sobre a fragilidade dos laços humanos diante do inexplicável, onde o amor, perda e assombração se misturam até se tornarem confundíveis.
No fim Yagushi entrega um terror maduro, inquietante e psicológico, uma história aonde o peso do passado, um erro de Kae em meio ao luto, custou não só sua saúde e psicológico mas também de todos ao seu redor.
Foto Destaque: cena do filme Dollhouse. Divulgação/SATO Company
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