Foto: Anime Solo Leveling via Crunchyroll
A espera valeu a pena. O episódio 12 da segunda temporada de Solo Leveling não apenas superou as expectativas — ele reescreveu o padrão de qualidade para cenas de combate em animes. A luta entre Sung Jinwoo, agora no auge de seus poderes, e Beru, o rei das formigas mágicas, cravou seu lugar na memória dos fãs como uma das batalhas mais bem produzidas dos últimos anos. Com direção firme, trilha sonora certeira e uma animação fluida e impactante, o episódio elevou a série a outro patamar dentro do gênero shounen.
Do momento em que Jinwoo surge no campo de batalha até o golpe final que sela o destino de Beru, o episódio entrega uma aula de construção de tensão, desenvolvimento visual e domínio narrativo. Não é exagero afirmar que essa já é a melhor luta de anime de 2025, tanto pelo espetáculo técnico quanto pela carga emocional.
O episódio começa em clima de tragédia. Os caçadores coreanos de ranking S estão sendo dizimados por Beru, que ultrapassou todos os limites de poder apresentados até então. Com visual grotesco e comportamento animalesco, o vilão mostra-se mais cruel e inteligente do que qualquer inimigo anterior. A cena da morte do curandeiro coreano, cuja cabeça é devorada sem cerimônia, reforça o tom sombrio do episódio. Nesse cenário de caos absoluto, Jinwoo aparece. Sem pressa, ele se desloca pela ilha trocando de lugar com uma de suas sombras, em um movimento tático que destaca sua frieza. Seu olhar firme e o silêncio ao redor contrastam com os gritos de desespero dos outros personagens. Tudo indica que algo grandioso está por vir — e vem.
A luta entre Jinwoo e Beru não começa com pirotecnias exageradas. Ela é construída com inteligência. Os dois adversários se encaram como feras. Aura contra aura. Força contra força. No primeiro embate, trocam golpes físicos, ainda sem uso de poderes complexos. É o momento de se testarem, de medir terreno. Mas o impacto de cada soco é amplificado pelo som, pelas rachaduras no solo e pela tensão no ar.
A animação acompanha o ritmo. O estúdio A-1 Pictures opta por movimentos amplos, câmera dinâmica e destaque para expressões faciais. O som das garras de Beru cortando o ar, o barulho das adagas de Jinwoo tilintando ao serem invocadas e os gritos abafados dos caçadores feridos compõem um espetáculo audiovisual que prende o espectador do início ao fim. Solo Leveling, aqui, se distancia dos clichês do gênero e entrega algo que flerta com o cinema de ação.
Beru não é só uma criatura forte. Ele é a materialização da ameaça global que Solo Leveling construiu desde a primeira temporada. Sua existência representa o limite do que a humanidade pode enfrentar sozinha. Em poucos minutos, ele derrota os melhores caçadores da Coreia e do Japão. Ao absorver seus poderes, torna-se praticamente invencível. O confronto com Jinwoo ganha outra camada quando percebemos que Beru é o reflexo distorcido do protagonista. Enquanto um nasceu no topo da cadeia alimentar, o outro construiu seu poder do zero, após ser considerado o “pior caçador do mundo”. O episódio explora essa dualidade, criando uma tensão narrativa que vai além da pancadaria: é o embate entre evolução natural e evolução conquistada.
A segunda metade do episódio mergulha de vez na batalha. Jinwoo usa suas habilidades com adagas e telecinese com precisão cirúrgica, enquanto Beru alterna entre brutalidade e veneno. Em determinado momento, o vilão tenta envenenar o herói — um sinal claro de que reconhece sua inferioridade no combate direto. Esse detalhe, sutil, mostra a sofisticação do roteiro. A luta é intercalada com reações dos caçadores sobreviventes. Eles assistem estarrecidos ao duelo, incapazes de interferir. A trilha sonora diminui de volume em momentos-chave, permitindo que o som dos golpes, dos ossos quebrando e da terra rachando assuma o protagonismo. Cada segundo é calculado para maximizar o impacto emocional.
Não há exageros ou repetições gratuitas. Tudo na luta entre Jinwoo e Beru tem propósito — da coreografia dos golpes à maneira como a câmera gira ao redor dos personagens.
No clímax do episódio, Jinwoo derrota Beru com um golpe limpo e simbólico. Não há grito de vitória, nem euforia. Há apenas silêncio e respeito. O herói se ajoelha ao lado dos caçadores feridos e começa a curá-los. É o reconhecimento de que sua missão vai além da força bruta: ele é o escudo da humanidade. Com isso, Solo Leveling sela a transição definitiva de Jinwoo de caçador solitário a salvador do mundo. A transformação do personagem, desde os primeiros episódios até agora, é uma das mais bem executadas da atualidade. E a luta contra Beru, além de consolidar essa evolução, marca o início de uma nova fase.
Não há como minimizar o feito. O episódio 12 da segunda temporada de Solo Leveling se destaca como um divisor de águas na história recente dos animes. Técnicamente impecável, emocionalmente envolvente e narrativamente coeso, o capítulo entrega tudo o que os fãs esperavam — e mais. A luta entre Jinwoo e Beru não é apenas a melhor do ano. É um exemplo de como animação, roteiro e direção podem se unir para criar algo memorável. Com uma terceira temporada praticamente certa e a continuidade da história garantida em Solo Leveling: Ragnarok, o anime segue firme como uma das mais relevantes da década.
Solo Leveling está disponível no Crunchyroll.
Foto Destaque: Jinwoo vs Beru no episódio 12 de Solo Leveling. Reprodução/Crunchyroll
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