
Filme ‘A Rosa de Versalhes’ apressa história do shoujo dos anos 70
Nesta quarta-feira (30), a Netflix disponibilizou o aguardado filme baseado no sucesso mundial dos anos 70, Rosa de Versalhes (Berusaiyu no Bara). No entanto, o que era uma grande promessa para refrescar o material original com um novo visual, desapontou os fãs com uma história corrida e rasa.
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O filme promete cobrir o mangá de Riyoko Ikeda, com 14 volumes, em 1 hora e 54 minutos e possui muitas perdas ao considerarmos a adaptação em anime lançada em 1979, que contava com os 40 episódios. Entre os pontos de maiores críticas está a passagem abrupta entre acontecimentos, frequentemente sustentados por números musicais e breves contextualizações históricas que, ainda assim, deixam a trama menos emocionante.
Por outro lado, a maior parte dos elogios feitos à adaptação se direciona ao trabalho de animação feito pelo estúdio MAPPA, responsável por produções como Jujutsu Kaisen, Vinland Saga e Attack on Titan (temporada 4).

Quem é a ‘Rosa de Versalhes’?
Ambientado em uma França pré-revolucionária, a história se concentra em duas personagens principais: Lady Oscar e Maria Antonieta. Oscar François de Jarjayes é uma mulher nobre, criada como homem para a função de guarda real, que acaba desempenhando para a delfina Maria Antonieta. As personagens dividem uma ligação que promove ritmo em um contexto conturbado, de forma que questões como papéis sociais e visões políticas geram questionamentos.
No geral, a obra se divide entre a ficção e a não-ficção. De um lado, há o retrato de acontecimentos e relações entre personagens históricos, como a Tomada da Bastilha e a queda de Luís XVI, de modo a explorar o contexto político da Revolução Francesa. Enquanto isso, cria-se a história da fictícia Lady Oscar, que busca compreender seu papel como mulher e nobre militar.
Legado histórico
Rosa de Versalhes possui grande importância no cenário de mangás shoujo por revolucionar a forma de produzir histórias para jovens meninas. Assim, ao abordar temas como direitos humanos, senso de justiça e questões de gênero em um contexto de romance, a obra ainda quebra paradigmas preconceituosos contra o gênero shoujo.
Foto destaque: Pôster de “A Rosa de Versalhes”. Divulgação/ Netflix