
Kim Hieora volta às telas com “Savior” e quebra o silêncio sobre polêmica escolar
A atriz sul-coreana Kim Hieora está de volta ao cinema após um ano de afastamento das telas, período marcado por acusações de bullying escolar e pela necessidade de um recomeço. O caso, que ganhou destaque em 2023, foi posteriormente esclarecido como resultado de mal-entendidos entre as partes envolvidas e acabou sendo resolvido por meio de reconciliação mútua, segundo a própria atriz. Agora, Kim retoma sua trajetória artística com a estreia no suspense ocultista “Savior”, que chega aos cinemas coreanos em novembro de 2025.
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Em entrevista concedida em um café no distrito de Jongno, em Seul, Kim revelou que o retorno às câmeras foi acompanhado por nervosismo e expectativa.
“Eu estava nervosa e com medo antes de assistir, porque não sabia como o resultado ficaria. É meu primeiro filme e meu primeiro projeto em um ano, então tudo parecia novo. Eu não pensava em bilheteria, só queria atuar bem e não prejudicar o filme”, contou.

O significado de Choon-seo e o reencontro com a arte
Em Savior, Kim Hieora interpreta Choon-seo, uma mulher ansiosa, solitária e atormentada, que se muda para uma vila aparentemente abençoada junto do marido. Com o tempo, o casal descobre que os “milagres” do lugar têm um preço sombrio: a desgraça de outras pessoas. A atriz explicou que não enxerga a personagem como uma vilã, mas como alguém que reflete a complexidade humana. “Todos têm desejos. Nesse sentido, Choon-seo não é simplesmente má, mas uma pessoa realista”, afirmou.

Cristã protestante, Kim revelou que sempre teve curiosidade pelo gênero ocultista, descrevendo a oportunidade de atuar em Savior como “um desafio significativo, que me permitiu explorar novas emoções e formas de expressão”. O filme, dirigido por Lee Do-hyun, combina drama psicológico e suspense sobrenatural, e tem despertado atenção da crítica por sua abordagem sombria e reflexiva sobre fé e moralidade.
Um recomeço guiado pela reflexão
Durante o hiato, Kim aproveitou o tempo para olhar para dentro e reconstruir sua rotina longe dos holofotes. “Eu desenhei, viajei e pensei muito sobre como poderia me tornar uma pessoa melhor. Em vez de me arrepender do que aconteceu, quis usar aquele tempo para crescer”, contou. A atriz também viveu um período nos Estados Unidos, que descreveu como um ponto de virada pessoal. “Não fui para reuniões ou trabalho, queria apenas viver. Passei um tempo na Broadway, cheguei a pensar em vender lanches e cantar nas ruas. Estudei inglês, conheci pessoas de diferentes origens e aprendi que estar sozinha não é algo a temer.”
Conhecida mundialmente por sua atuação em “The Glory”, sucesso global da Netflix, Kim afirmou que tanto a fama quanto a polêmica serviram como lições de resiliência e amadurecimento. “Todos enfrentam momentos inesperados. O que importa é como você os encara”, refletiu. “Houve momentos de ansiedade e impaciência, mas foram sentimentos necessários. Essas emoções me tornaram mais apaixonada e me lembraram por que amo atuar.”
Ao abordar as acusações do passado, Kim foi direta e serena: “Não se tratava de me sentir injustiçada, era algo que eu precisava aceitar e lidar. Não há necessidade de mais explicações. Tudo foi resolvido, e hoje seguimos apoiando um ao outro em nossas próprias vidas.”
Com Savior, Kim Hieora não apenas estreia no cinema, mas também marca um novo capítulo em sua carreira. A atriz retorna mais madura, disposta a reconquistar o público pela força de sua atuação e pela sinceridade de quem encara a arte como instrumento de transformação e renascimento.
Foto Destaque: Kim Hieora em coletiva de imprensa do filme “Savior”. Divulgação/Kang Young-guk