
Terremoto de magnitude 7,6 atinge o Japão, e tsunamis chegam à costa do país
Um terremoto de magnitude 7,6 atingiu a costa nordeste do Japão nesta segunda-feira (8), provocando a chegada de tsunamis leves ao litoral. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), responsável por monitorar tremores ao redor do mundo, o epicentro foi registrado no mar, a 80 quilômetros da cidade de Misawa, na província de Aomori, às 23h15 no horário local (11h15 em Brasília).
A Agência Meteorológica do Japão informou que o abalo ocorreu a 54 quilômetros de profundidade, mas foi sentido em diversas áreas do norte do país, e mais de 90 mil moradores foram evacuados.
Até o momento, 23 pessoas ficaram feridas, nenhuma em estado grave. A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, declarou que este foi o primeiro grande terremoto registrado desde que assumiu o cargo, em outubro deste ano.
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Relatos de feridos e incêndios na província de Aomori foram confirmados em uma coletiva de imprensa, pelo secretário-chefe do gabinete, Minoru Kihara. Ele acrescentou que houve cortes de energia na região, suspensão do trem de alta velocidade entre Fukushima e Aomori, e bloqueios em trechos de rodovias expressas.
O momento do terremoto foi registrado por moradores:
Japão emite alerta de tsunami
A força do tremor gerou risco de ondas de tsunami em um raio de 1.000 quilômetros ao redor do epicentro, incluindo parte da costa sudeste da Rússia. Conforme o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, Estados Unidos, Filipinas e Guam — território norte-americano na Micronésia — também poderiam ser atingidos por ondas menores.
O governo japonês confirmou a chegada de pequenas ondas, de até 70 centímetros, em cidades como Mutsu Sekinehama, Urakawa, Erimo, Hachinohe, Miyako, Kamaishi, Kuji, Tomakomai e Shiraoi. Autoridades alertaram que ondas de até três metros poderiam ocorrer, porém, o alerta de tsunami já foi encerrado.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) afirmou não ter registrado anomalias na usina de Fukushima após o tremor. Em 2011, a região foi palco de um dos piores acidentes nucleares da história, provocado por um terremoto seguido de ondas que chegaram a 15 metros e deixaram cerca de 20 mil vítimas.

Japão monta “Comitê de Crise”
Após o terremoto, o governo japonês instalou um “comitê de crise” para coordenar ações emergenciais em conjunto com autoridades locais.
Durante a coletiva de imprensa, Minoru Kihara afirmou que o governo já mobiliza suas equipes para responder à emergência: “Estamos fazendo todos os esforços para avaliar os danos e implementar medidas de resposta a desastres de emergência, incluindo operações de resgate e socorro.”
O Japão é um dos países com maior atividade sísmica no mundo, registrando ao menos um tremor a cada cinco minutos. Localizado no “Anel de Fogo” do Pacífico, região marcada por intensa atividade vulcânica e sísmica, concentra cerca de 20% dos terremotos globais de magnitude igual ou superior a 6,0.
Foto destaque: Áreas da costa do Japão com alerta de tsunami (vermelho), mais grave, e aviso de tsunami (amarelo) após terremoto de magnitude 7,6. — Foto: Reprodução/Agência Meteorológica do Japão.