Foto Destaque: Fachada do Ministério do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul. Reprodução/Minseong Kim
Após anos de denúncias e episódios de descaso físico, mental e de violação de privacidade envolvendo idols, a indústria do K-pop parece finalmente enxergar uma luz no fim do túnel. O chamado “Sindicato dos Idols”, criado para proteger os direitos trabalhistas e o bem-estar de artistas da cultura pop, está previsto para ser lançado ainda este ano. Uma vez estabelecido, o sindicato pretende melhorar as condições de trabalho, além de fortalecer os mecanismos de proteção psicológica e dos direitos humanos dentro do setor.
A notícia é vista como uma verdadeira revolução, capaz de marcar um ponto de virada no ambiente da indústria do entretenimento. Caso o sindicato seja efetivamente implantado, uma mudança histórica poderá transformar como o setor funciona. Entre os principais avanços esperados estão: o reconhecimento legal dos idols como trabalhadores, a melhoria nas jornadas de trabalho — reduzindo o risco de esgotamento físico e mental —, a proteção da saúde mental por meio de suporte psicológico contínuo, o equilíbrio de poder entre agências e artistas com maior transparência contratual e financeira, além da criação de mecanismos de defesa contra abusos e exploração.
Conforme o Comitê Preparatório do Sindicato dos Idols, na última quinta-feira (6), o grupo informou que apresentou o relatório de criação à filial de Seongnam do Ministério do Emprego e Trabalho em setembro. Documentos complementares foram enviados no mês passado, a pedido do ministério, para comprovar de forma detalhada o status dos artistas como trabalhadores. O comitê aguarda agora a aprovação oficial, prevista para ocorrer ainda em novembro, possibilitando a criação formal do sindicato.
Seo Min Sun, membro do comitê de pesquisa do Instituto de Políticas para a Juventude do Partido Democrático — responsável pela preparação geral e pela comunicação pública do sindicato — afirmou: “Atualmente, cerca de dez pessoas, incluindo cantores em atividade, já se juntaram ao grupo.” Ainda na quinta-feira, o comitê incluiu um pedido ao Ministério da Cultura, Esportes e Turismo (MCST) solicitando uma investigação sobre os sistemas de gestão de saúde mental e de resposta a comentários maliciosos direcionados a idols de K-Pop e outros artistas da cultura pop, além de propor melhorias institucionais.
No documento, o comitê pediu que o governo venha examinar se as agências estão lidando adequadamente com ações legais, pedidos de exclusão e apoio jurídico quando os artistas enfrentam comentários maliciosos online, conforme as necessidades das vítimas. Também solicitaram uma investigação sobre a existência e a aplicação de manuais de gestão de saúde mental nas agências — verificando se medidas específicas, como notificação de responsáveis legais, encaminhamento para serviços médicos e manutenção de registros de aconselhamento, estão sendo devidamente implementadas.
Foi pedido ainda que o MCST estabeleça um manual padronizado de saúde mental caso os existentes sejam apenas simbólicos. A declaração também destacou os riscos permanentes no ambiente de trabalho, além de enfatizar a necessidade urgente de um manual de respostas a crises de saúde mental:
“Trabalhadores idols frequentemente sofrem de distúrbios musculoesqueléticos, excesso de trabalho e doenças mentais devido a longos períodos de prática, gravações e atividades no exterior. Algumas agências controlam excessivamente aspectos pessoais, como relacionamentos, registros médicos e comunicação externa, o que leva ao isolamento psicológico.”
Foi observado que o atual contrato exclusivo padrão do MCST define os idols apenas como “indivíduos que prestam serviços sob contrato de trabalho autônomo”, situação que dificulta a aplicação de leis importantes, como a Lei de Seguro de Compensação por Acidentes Industriais e a Lei de Punição de Acidentes Graves. O comitê argumentou sobre o fato, e pediu que o ministério que estabeleça diretrizes interpretativas detalhadas que reflitam essa realidade.
O comitê responsável pela criação do Sindicato dos Idols apresentou também uma petição Escritório Regional de Emprego e Trabalho de Seul pedindo a revogação da certificação de “Empresa de Excelência” concedida à HYBE, além de um recurso à Agência de Proteção de Direitos Autorais da Coreia, solicitando uma aplicação mais rigorosa dos manuais de apoio psicológico e das proteções de direitos humanos em toda a indústria. Por fim, o comitê concluiu:
“Como os idols não são legalmente reconhecidos como empregados, continuam excluídos da compensação por acidentes de trabalho, dos quatro principais seguros e das proteções contra assédio no ambiente laboral. Também estamos considerando apresentar uma denúncia sobre suspeitas de que algumas agências ocultaram mortes de idols ao não comunicá-las ao ministério do trabalho.”
O Sindicato dos Idols visa revolucionar a forma como os artistas são tratados, representando mais do que um movimento trabalhista, e sim de um ato de dignidade e reconhecimento da arte como um trabalho humano legítimo. A iniciativa busca garantir respeito, proteção e os direitos essenciais aos profissionais que compõem a indústria do entretenimento sul-coreana, promovendo um ambiente mais justo e equilibrado.
Foto Destaque: Fachada do Ministério do Emprego e Trabalho da Coreia do Sul. Reprodução/Minseong Kim
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