[REVIEW] Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares – um caso de honra, espadas e genialidade
“Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares” estreia nos cinemas brasileiros em 16 de outubro, distribuído pela Sato Company, marcando um momento especial para os fãs de anime e mistério. O longa, sucesso de bilheteria no Japão, chega ao país reafirmando o fôlego criativo de uma das franquias mais longevas e queridas da cultura pop japonesa.
Leia Mais: Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares estreia nos cinemas brasileiros
Leia Mais: Alice In Borderland: Conheça o mangá que inspirou o live-action da Netflix
Sob a direção de Chika Nagaoka, primeira mulher a comandar um longa da série, o filme mergulha em uma trama ambientada em Hakodate, no norte do Japão, onde o famoso ladrão fantasma Kaito Kid anuncia seu novo golpe: o roubo de uma espada valiosa pertencente à influente Família Onoe. Mas o que começa como mais um confronto entre o ladrão e Conan Edogawa logo se transforma em uma caça ao tesouro repleta de segredos, traições e enigmas históricos.
Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares – trama envolvente e personagens em sintonia
A narrativa de Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares equilibra ação e dedução, com o clássico formato de investigação que consagrou a franquia. Quando um assassinato acontece, Conan e Heiji Hattori se veem envolvidos em um caso que conecta o presente à história do Japão, explorando o período do Bakumatsu e figuras lendárias como Toshizō Hijikata, do grupo Shinsengumi.
O destaque fica para a química entre Conan, Heiji e Kaito Kid. O trio protagoniza uma dança de rivalidade e cumplicidade que impulsiona o ritmo do filme. Heiji representa o lado humano, impulsivo e leal; Kid, o charme e o caos calculado; e Conan, a mente fria e estratégica que dá sentido a tudo. Essa dinâmica cria um equilíbrio entre intelecto, emoção e espetáculo visual.
Ritmo, ambientação e atmosfera
A direção de Nagaoka aproveita o máximo da paisagem de Hakodate, transformando locais reais como o forte Goryōkaku em peças centrais do enigma. O resultado é uma ambientação que mistura mistério e cultura japonesa, sem perder o tom de aventura que define Detective Conan.
O ritmo é consistente: o filme alterna momentos de investigação detalhada com cenas de ação cinematográficas, que ganham ainda mais força na tela grande. Embora o roteiro se torne um pouco denso em alguns trechos, o carisma dos personagens e o humor pontual equilibram a narrativa.
Qualidade técnica e trilha sonora marcante
A animação de Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares mantém o estilo clássico da franquia, com traços limpos e expressivos que priorizam a clareza narrativa. As sequências de ação são fluídas e bem coreografadas, especialmente nas cenas que envolvem o ladrão Kid e seus truques visuais.
A trilha sonora de Yugo Kanno é outro ponto alto. Ela combina suspense e emoção com novas versões dos temas tradicionais da série, intensificando a nostalgia dos fãs. As atuações dos dubladores veteranos permanecem impecáveis, e os diálogos equilibram humor e tensão sem comprometer o mistério.
Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares é acessível para novos espectadores
Mesmo sendo o 27º longa da franquia, O Pentagrama de Milhões de Dólares é amigável para iniciantes. A introdução apresenta rapidamente o universo de Conan e seus aliados, permitindo que qualquer espectador entre na história sem precisar conhecer o extenso passado da série.
Esse cuidado torna o filme uma boa porta de entrada para novos fãs e, ao mesmo tempo, um presente para os veteranos, que encontrarão referências e participações especiais sutis, mas significativas.
Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares – um novo clássico do mistério moderno
“Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares” é uma celebração daquilo que faz o público retornar a essa saga há décadas: personagens cativantes, enigmas inteligentes e um toque de emoção genuína.
Mesmo com pequenos tropeços no ritmo, o filme entrega uma experiência completa: visual, emocional e narrativa. É uma história sobre rivalidade, lealdade e o fascínio eterno por decifrar o impossível.
No fim, Conan Edogawa continua sendo mais do que um detetive mirim: ele é o símbolo de uma geração que ainda acredita que a verdade, quando descoberta, é o maior tesouro de todos.
Foto Destaque: cena do filme “Detetive Conan: O Pentagrama de Milhões de Dólares”. Divulgação/Sato Company
